Nas sociedades contemporâneas, o conhecimento científico e tecnológico assume um papel fundamental para entender a complexidade do mundo em que vivemos e para nos ajudar a tomar decisões que afetam nossas vidas. Estes conhecimentos são elementos indispensáveis para a inclusão social, em seu sentido mais amplo, e para um efetivo exercício da cidadania.
A realidade vivenciada nos últimos dois anos em decorrência da pandemia da Covid-19 é um exemplo dessa situação. Tivemos acesso a inúmeras informações relativas à ciência e tecnologia (C&T), como: o uso de medicamentos; a necessidade de medidas para conter o avanço do vírus, como a utilização de máscaras e o distanciamento social; a produção de vacinas por instituições como Fiocruz e Butantã e a liberação do uso por agências reguladoras, como a Anvisa, dentre outras.
Com isso, de maneira bastante acelerada, as pessoas tiveram que lidar com conhecimentos científico-tecnológicos e tomar decisões relativas a eles. Nesse contexto emergem algumas perguntas: “Qual o papel da educação e, mais especificamente, da educação científica?”, “Como a história das ciências pode contribuir para auxiliar os sujeitos a tomarem decisões em questões envolvendo C&T e suas relações com a sociedade?”.
Essas e outras perguntas foram objeto de discussão na Jornada Científica do Oeste Baiano, evento realizado entre os dias 18 e 21 de outubro, e que teve como temática central os 200 anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. A Jornada Científica é um evento vinculado a 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), apoiado pelo MCTI e pelo CNPQ, que teve como objetivo central aproximar a sociedade e a universidade por meio da popularização do conhecimento.
Dentre as atividades desenvolvidas ao longo do evento, destacou-se a conferência de abertura “A Ciência na História do Brasil”, proferida pelo professor Dr. Olival Freire Jr. (UFBA). Nela foi realizado um percurso pela História do Brasil enfocando aspectos da ciência e da tecnologia, especialmente, no século XX. Além desta conferência, foram realizadas outras palestras, rodas de conversa, cineclube e uma visita virtual mediada ao memorial da medicina brasileira.
O evento teve apoio do Hotel Morubixaba, Robe Belle Sabin, Cargill, M8 Construtora e a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA).
Mayara Soares de Melo, professora do CCET, UFOB/Barreiras.
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